sábado, 23 de outubro de 2010

Aproveitamento de resíduos da mandioca torna produção competitiva

Aproveitar os resíduos da produção e gerar co-produtos é uma forma de baixar os custos e resolver problemas ambientais. Essa questão já está sendo colocada também para a mandiocultura.Trata-se do aproveitamento das águas geradas a partir da manipulação da mandioca.Saiba como funciona:


A professora e pesquisadora Marney Pascolli Cereda da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS), conta que a mandioca tem 60% de água e gera três tipos diferentes de resíduos: a manipueira, água da prensa da raiz; a água vegetal, que é a soma da manipueira com a água de lavação da massa, produzida em fecularias; e a água de lavação e raspa das raízes.
Os pequenos produtores podem se beneficiar bastante ao utilizar esses resíduos, diz Marney. Ela explica que há pouco estudo sobre o assunto, mas já participou de pesquisa que aponta soluções simples para o uso das águas da mandioca.
A água vegetal, por exemplo, pode ser usada em fertirrigação, uma irrigação com nutrientes. Outro uso, mais sofisticado, é o aproveitamento da água da mandioca na produção de energia. Nesse processo, o equipamento chamado biodigestor, usa parte do açúcar presente nessa água para produzir metano, um gás combustível.
Esse gás poderia ajudar na secagem da farinha e eliminar a lenha do processo, ressalta. A solução também é importante para o meio ambiente porque reduziria a liberação do metano no ar, o que afeta o aquecimento global.
Em Santa Catarina, Enilto de Oliveira Neubert da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) coordena um projeto de mandiocultura. Ele conta que fez vários testes com os produtores de mandioca da região para aproveitar a água vegetal da mandioca como forma de irrigação da lavoura. A gente precisava saber a quantidade de água que o solo poderia receber sem que os lençóis freáticos fossem atingidos, explica.
Depois de muita pesquisa, o projeto já é colocado em prática por alguns mandiocultores. O proprietário da Fariman, Salésio Delfino, já adotou essa cultura como rotina em sua produção. Começamos a aproveitar essa água no ano passado e o resultado é muito bom, diz.
Segundo Salésio, quando a água é utilizada de forma controlada, ela serve como fertilizante para o solo. Com a água da mandioca, o rendimento da minha colheita aumentou e a área de pastagem também ficou melhor, conta.
O aproveitamento e tratamento dos resíduos da mandioca será um dos temas debatidos por gestores de projetos da carteira de mandiocultura do Sebrae.



Fonte: http://www.empreendedor.com.br/content/aproveitamento-de-res%C3%ADduos-da-mandioca-torna-produ%C3%A7%C3%A3o-competitiva
(Giovana Perfeito / Agência Sebrae) 

domingo, 17 de outubro de 2010

Aprenda a conservar as raízes e ramas da mandioca

Recomendações evitam perdas após a colheita. Aprenda quais são no blog Mandioca622:


Sendo as raízes de mandioca um produto de difícil conservação "in natura", deverão ser industrializadas preferivelmente dentro de 24 horas após a colheita, uma vez que, passado esse prazo, começam a deteriorar-se e a comprometer a qualidade  dos produtos da indústria, principalmente se as temperaturas ambientes forem elevadas.

Muitas vezes, um dos sintomas do início da deterioração das raízes é a presença de manchas ou veias azuladas na polpa. Aliás, essas transformações se processam nas raízes em decorrência da sua própria constituição. Inicialmente, certas enzimas atuam sobre os hidratos de carbono; mais tarde, dá-se uma invasão de microrganismos, como fungos e bactérias, que intensificam as transformações. Crescem bolores, ocorrem fermentações e se deterioram as raízes.

Recomenda-se que as raízes recebam o mínimo de sol, após a colheita. Para uso culinário, elas podem ser conservadas por alguns dias na geladeira, a temperaturas de poucos graus acima de zero. Poderão, também, ser conservadas no quintal, quando enterradas em lugar fresco.

O processo clássico de conservação das raízes de mandioca é a sua desidratação. Lavadas e descascadas, são picadas em fatias e secas ao sol ou em secadores. A sua conservação, nessa forma, não encerrando além de 10 a 12% de umidade, é praticamente indefinida. 






Conservação das ramas
Quando não se utilizam as manivas para o plantio, logo após a colheita, havendo necessidade de guardá-las por alguns meses, elas deverão ser conservadas preferivelmente à sombra de árvores, onde são colocadas em posição vertical, fincando-se cerca de 10cm da base das ramas na terra previamente afofada, e de modo a ficarem as manivas unidas umas às outras. A terra deverá ter boa umidade ou ser molhada, se necessário. As manivas assim dispostas enraízam na base enterrada e, após algum tempo, emitem brotações da extremidade apical, o que constitui sinal de boa conservação.

Em lugares sujeitos às geadas, as ramas em conservação precisam estar bem protegidas. No Sul do Brasil, os pequenos plantadores conservam as suas ramas em valas abertas no chão, cobertas com capim e uma camada da terra.



Fonte: Criar e Plantar
Referência:  http://www.sebrae.com.br/setor/mandiocultura/integra_bia?ident_unico=14078

Mandiocultura tem potencial para entrar no mercado externo

Para conselheiro da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Ivo Pereira Junior, o setor precisa se organizar para ampliar participação na produção mundial.



No dia 22/04 comemora-se o Dia Nacional da Mandioca. Cozida e frita, farinha torrada, pãozinho francês e massas em geral, o alimento, comprado no mercado ou plantado em casa, é uma das principais fontes de carboidratos de uma parte significativa da população brasileira. A alta produtividade em relação a outros alimentos, condições naturais e a flexibilidade da época de colheita, faz do Brasil o segundo maior produtor do alimento no mundo, com 12,5% da produção mundial.
Criada pela Embrapa em 2007, a data coincide com o descobrimento do Brasil devido à relevância da raiz, encontrada pelos portugueses logo em 1.500. Para oficializar o Dia Nacional da Mandioca, atualmente tramita na Câmara Federal um projeto de lei de autoria do deputado federal Fernando Melo, do Acre. Estima-se que as atividades ligadas ao cultivo da mandioca e seu processamento gerem aproximadamente um milhão de empregos diretos.
Para o conselheiro da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam), Ivo Pereira Junior, o setor pode comemorar hoje um consumo interno consolidado. “Ao contrário da produção, que está estacionada, o consumo mantém-se consolidado e tem potencial para crescer ainda mais. Tudo que o Brasil produz, hoje, é consumido pela própria população”, diz. Hoje, o país figura como o segundo maior produtor mundial da raiz, atrás da Nigéria. A atual produção brasileira gira em torno de 25,5 milhões de toneladas, o equivalente a 60% da quantidade da Nigéria.
Ivo informa ainda que, nesta sexta-feira (23), em Brasília, representantes do Sebrae, da Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam) e outros parceiros vão se reunir no Ministério da Agricultura para traçar o planejamento estratégico da Câmara Setorial do Setor de Mandiocultura para os próximos anos.
Ele defende maior participação do Brasil no mercado internacional. “Para atender o mercado externo, precisamos criar um excedente de produção. O Brasil tem capacidade para atender a todas as exigências, como qualidade e oferta constante, basta que se prepare”, afirma. Para Ivo, a mandiocultura é o setor mais democrático. “Tem mercado para todos, tanto para o grande quanto para o médio e pequeno produtor. Todos têm oportunidade de crescer, diferentemente do que acontece com o feijão e a soja”.
Segundo estudo de mercado do Sebrae sobre o setor, o Nordeste é a principal região produtora de mandioca, com 35,9% da produção nacional; o Norte é responsável por 25,2%, e o Sul, por 23,1%. Consequentemente, os cinco maiores estados produtores pertencem as três regiões: Pará, Bahia, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul. Em termos de produtividade o Paraná atinge um índice significativo (21,4 toneladas/hectare), ficando atrás apenas de São Paulo (23,2 toneladas/hectare).
A produção do Nordeste conta com presença de centenas de ‘casas de farinha’, dedicadas à produção de pequenos volumes, tanto seca quanto d’água. O produto é consumido quase exclusivamente na própria região. Já a quantidade gerada nas Regiões Sul e Sudeste destina-se predominantemente ao processamento industrial, para a produção de farinha, fécula e outros derivados. Estes são utilizados na indústria alimentícia e em outras aplicações.

Fonte: Agente Sebrae de notícias
Referência: http://www.rts.org.br/noticias/destaque-4/mandiocultura-tem-potencial-para-entrar-no-mercado-externo

domingo, 10 de outubro de 2010

Produção mundial de mandioca soma 242 milhões



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que a produção mundial de raiz, farinha e fécula de mandioca alcançou, no último ano, 242 milhões de toneladas. Os destaques foram Nigéria, com 45 milhões de toneladas, Tailândia, 30,1 milhões de toneladas e Brasil, responsável por 26,6 milhões de toneladas. Os dados foram apresentados hoje pelo técnico de Planejamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Cláudio Chicherchio, durante a 19ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e seus Derivados, em Brasília.
Nos cinco primeiros meses de 2010, as exportações de fécula de mandioca para a Bolívia renderam US$ 737,2 mil e, para os Estados Unidos, US$ 465,2 mil. As vendas de farinha de mandioca para Portugal representaram US$ 248,7 mil e, para os Estados Unidos, US$ 139,8 mil. Em relação às exportações de raiz de mandioca, o maior comprador foi o Uruguai, com US$ 1,8 mil, seguido da França US$ 1,6 mil.
No mesmo período de 2010, a maior parte das importações de raiz e fécula de mandioca foram do Paraguai, responsável pela venda de US$ 162,1 mil e US$ 1,1 milhão, respectivamente.
(Redação - Agência IN)


 fonte: http://www.investimentosenoticias.com.br/ultimas-noticias/tempo-real/producao-mundial-de-mandioca-soma-242-milhoes.html

Mandioca na alimentação de frangos de corte

Você sabia que a mandioca pode ser uma importante alternativa na alimentação de frangos de corte?

Muitos alimentos alternativos são considerados na hora de substituir o milho na ração animal. Os estudos destes alimentos são motivados pela alta do custo de produção, toda vez que o cereal registra altas consecutivas no mercado [como nos últimos dias]. A Embrapa Suínos e Aves realizou um estudo onde avaliou o uso da mandioca como alternativa na alimentação de frangos de corte. De acordo com a entidade, os subprodutos derivados da mandioca, possíveis de serem usados nas dietas de frangos, são: farinha ou raspa integral, (raiz lavada, relada, seca e moída); farinhão ou resíduo da extração do amido; feno da rama (terço superior da planta seco e triturado) e raspa residual (raiz ralada, prensada e desidratada).

Segundo a pesquisa da Embrapa, o valor nutritivo desses alimentos, principalmente no que diz respeito a proteína bruta, fibra bruta e energia metabolizável deve ser considerado em relação ao milho. Com exceção do feno da rama de mandioca, esses alimentos são pobres em pigmentos, requerendo uma suplementação para melhorar a pigmentação das aves.

Substituição do milho- Com o objetivo de verificar a utilização da farinha integral (FIM) e raspa residual de mandioca (RRM) em rações para frangos de corte, a Embrapa Suínos e Aves realizou seis experimentos.
A farinha integral de mandioca foi utilizada em quatro experimentos, sendo dois com dietas isocalóricas - um no período de inverno e outro no verão. E mais dois experimentos com dietas heterocalóricas, nos mesmos períodos, utilizando frangos de corte de 1 a 56 dias de idade.
As dietas foram isoproteicas, atendendo às exigências nutricionais nas diferentes fases de criação. Através dos resultados dos dois experimentos com dietas isocalóricas, A Embrapa concluiu que é viável a substituição do milho em 66,66 por FIM, quando as aves foram criadas até 42 dias de idade e, em 100% quando as aves forem criadas até 56 dias de idade.
Quanto aos dois experimentos com dietas heterocalóricas, a entidade explica que os resultados mostraram que somente foi possível a substituição do milho por FIM em até 33,33% do milho em rações de frangos de corte criados até 56 dias de idade.
"Desse modo, verificou-se que as rações heterocalóricas com os níveis maiores de substituição não proporcionaram ganho de peso e conversão alimentar equivalentes a ração testemunha, provavelmente, em função do menor valor energético das respectivas dietas em confronto com a testemunha", verificou o estudo da Embrapa Suínos e Aves.
Outros dois experimentos, visando verificar a inclusão de raspa residual de mandioca (RRM), foram feitos pela Embrapa. Um deles com dietas isocalóricas e outro com dietas heterocalóricas. Segundo a entidade, os experimentos foram realizados com frangos de corte no período de 1 a 42 dias de idade. Neste caso, segundo os resultados de desempenho obtidos pela entidade de pesquisa, verificou-se que em dietas isocalóricas é possível utilizar 3% de RRM na fase inicial (28 dias) e até 9% na fase final (40 dias de idade), sem prejuízo no desempenho das aves. No entanto, a Embrapa explica que quando se utiliza dietas heterocalóricas, somente é viável a utilização de 8% de RRM na dieta, na fase final.
"Pelos resultados obtidos nestes seis experimentos, concluiu-se que é possível adicionar FIM ou RRM nas proporções acima indicadas em dietas de frangos de corte, sem prejudicar seu desempenho. No entanto, é importante que se leve em consideração a viabilidade econômica desta substituição, bem como o suprimento das exigências nutricionais das aves. A utilização da mandioca e/ou de deus derivados, só será economicamente viável em regiões onde há escassez de milho, ou quando houver disponibilidade da mesma no mercado", concluiu o estudo da Embrapa Suínos e Aves.

O estudo apresentado na matéria foi conduzido pelo médico veterinário Paulo A. R. de Brum e pelo zootecnista Luiz F. T. Albino, ambos da Embrapa Suínos e Aves.


fonte: http://www.aviculturaindustrial.com.br

domingo, 3 de outubro de 2010

Mandioca - Características do cultivo e Relevância econômica

O cultivo da mandioca é de grande relevância econômica como principal fonte de carboidratos para milhões de pessoas, essencialmente nos países em desenvolvimento.



O Brasil possui aproximadamente dois milhões de hectares é um dos maiores produtores mundiais, com produção 23 milhões de toneladas de raízes frescas de mandioca. A região Nordeste tradicionalmente caracteriza-se pelo sistema de policultivo, ou seja, mistura de mandioca com outras espécies alimentares de ciclo curto, principalmente feijão, milho e amendoim.
Atualmente a demanda de amido de mandioca (fécula) tem crescido de forma substancial, principalmente pelo setor industrial a exemplo da utilização de fécula na mistura de farinha de trigo para fabricação de pães, objetivando reduzir as importações de trigo, gerando divisas para o país.

Veja algumas caracterísicas do cultivo da mandioca:
CLIMA E SOLO
É cultivada em regiões de clima tropical e subtropical, com precipitação pluviométrica variável de 600 a 1.200 mm de chuvas bem distribuídas e uma temperatura média de em torno de 25ºC. Temperaturas inferiores a 15ºC prejudica o desenvolvimento vegetativo da planta. Pode ser cultivada em altitudes que variam de próximo ao nível do mar até mil metros. É bem tolerante à seca e possui ampla adaptação às mais variadas condições de clima e solo. Os solos mais recomendados são os profundos com textura média de boa drenagem. Deve-se evitar solos muito arenosos e os permanentemente alagados.

PLANTIO
Normalmente se recomenda o plantio de maio a outubro. Entretanto o plantio pode ser recomendado em qualquer época, desde que haja umidade suficiente para garantir a brotação das hastes.  
O espaçamento é definido como a distância entre as fileiras de plantas e entre plantas na fileira e variam de 1,0m x 0,60m, em fileiras simples, e 2.0m x 0.60m x 0,60m em fileiras duplas. A posição do tolete na cova é horizontal a uma profundidade de cinco a dez centímetros, cobrindo-o com uma leve camada de terra.

ADUBAÇÃO E CALAGEM
Há evidência que a mandioca tolera as condições de acidez do solo. Entretanto, os solos devem ser escolhidos, preparados, corrigidos e adubados adequadamente, conforme os resultados de análise química. As adubações orgânicas e fosfatadas respondem de forma bastante positiva no aumento da produtividade.

TRATOS CULTURAIS
São recomendadas em média cinco capinas do mato, sendo três no primeiro ano e duas no segundo ano.

PRAGAS E DOENÇAS
As principais pragas são: mandarovás, ácaros, percevejo de renda, mosca branca, mosca do broto, broca do caule, cupins e formigas. As doenças mais comuns são: Podridão de raiz, Bacteriose, superbrotamento, viroses. Ao ser constatada qualquer alteração no estado fitossanitário, consultar o órgão competente mais próximo.

COLHEITA E RENDIMENTO
A colheita deve ser iniciada de acordo com o ciclo da variedade utilizada no plantio e é feita manualmente, através do arranquio das raízes. As raízes colhidas deverão ser processadas pela indústria durante as primeiras vinte e quatro horas, para não comprometer a qualidade dos seus produtos.   A produtividade varia de acordo com as variedades utilizadas, espaçamento e os tratos culturais empregados na cultura. A produtividade média varia de 15 a 20 toneladas por hectare. O rendimento industrial varia de  25 a 30%, ou seja uma tonelada de raízes produz cerca de 300 quilos de farinha.

VARIEDADES
A cultura da mandioca apresenta uma grande variabilidade genética, possibilitando um grande número de variedades disponíveis para recomendação de plantio. As variedades são recomendadas de acordo com a finalidade de exploração. As principais cultivares recomendadas para a Bahia são: Cigana, Cidade Rica, Maragogipe, Manteiga, Saracura e Casca Roxa.

PRODUTOS
Os produtos das raízes para alimentação humana são a farinha, a fécula, o beiju, o carimã, dentre outros. A fécula é bastante utilizada nas indústrias de alimentos como em outras indústrias.



fonte: http://www.ceplac.gov.br/radar/mandioca.htm

Agricultor cria equipamento para facilitar colheita de mandioca

Segredo está em um sistema que prende o pé da mandioca.
Ele gastou R$ 150 para montar a engenhoca.



O invento de um agricultor de Mato Grosso facilita a vida de quem planta mandioca. O equipamento tira a raiz do solo sem precisar de muita força.


Cultivar mandioca sempre foi um bom negócio para a família Batista. “É herança dos meus pais. E nós estamos dando continuidade”, conta o agricultor João Batista.


O arado entra na lavoura para preparar a terra. De rama em rama, os trabalhadores vão ocupando cada espaço. Na região, são produzidas todos os anos mais de 32 toneladas do produto. São as situações climáticas que ditam o tempo para a planta se desenvolver. O prazo varia de um ano a um ano e meio. 


Quando a planta ultrapassa os dois metros de altura, está no ponto de ser colhida. É aí que o trabalho dos funcionários fica ainda mais pesado. Tirar a raiz do fundo da terra não é tarefa fácil.


Em outra propriedade mora o agricultor Pacífico Gonçalves Ramos, de 59 anos. Quando não está nos quatro alqueires de terra trabalhando, vira inventor. A última engenhoca foi para beneficio próprio. É uma espécie de colheitadeira de mandioca manual. “Não desenhei nem nada. Meu amigo falou que eu era maluco e que não daria certo”, disse.


Ela tem uma base com duas hastes de metal nas quais foi encaixado um tubo. O segredo está nas pontas. Há um sistema que prende o pé da mandioca. Ao empurrar com o pé ele consegue, com facilidade, arrancar a raiz. O invento garante e aposentadoria do esforço extremo tanto para quem está na lida diária como para aqueles que se arriscam vez ou outra a mexer na terra.

O agricultor Pacífico Gonçalves Ramos provou, com essa invenção, mais uma vez, que a criatividade pode ser fundamental para o surgimento de novas ténicas, como para a colheita de mandioca por exemplo, gerando diversidade e desenvolvimento para o agronegócio.

Veja uma foto da invenção:










fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1554912-5598,00-AGRICULTOR+CRIA+EQUIPAMENTO+PARA+FACILITAR+COLHEITA+DE+MANDIOCA.html